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A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou uma operação para investigar uma quadrilha suspeita de vender combustível adulterado e sonegar milhões de reais em impostos. De acordo com a corporação, alguns postos vendiam diesel recolhido de porões de navios, que seria descartado e é impróprio para utilização em veículos.
A operação foi deflagrada na terça-feira (31) e, nesta quarta-feira (1º), a Polícia Civil deu detalhes da operação “Zero Boi”, numa coletiva de imprensa realizada no Recife. De acordo com Antônio Emery, da Secretaria da Fazenda do estado, a investigação começou após denúncias de consumidores.
“As investigações partiram de denúncias de contribuintes que abasteceram o carro com diesel e apresentaram problemas mecânicos. […] Esses postos têm hoje em torno de R$ 2,6 milhões de débito junto à Fazenda”, afirmou
Na terça-feira, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em casas e empresas. Uma pessoa foi presa porque, na casa dela, foi encontrada uma arma irregular. O nome da operação, “Zero Boi”, foi dado porque um dos alvos é um homem conhecido como “milionário da vaquejada” nas redes sociais.
A delegada Gabriele Nishida, responsável pelas investigação, afirmou que um dos alvos foi uma empresa responsável por fazer limpeza de porões de navios. Essa empresa estaria recolhendo e revendendo o diesel naval para os investigados.
“Uma empresa foi alvo de mandado de busca e apreensão. Essa empresa destina-se ao recolhimento e limpeza do fundo de porões de navios. Ela estava recolhendo esse material e comercializando, ao que tudo indica, para os nossos investigados, que, por sua vez, utilizavam nos postos de combustível”, declarou.
Um dos postos de combustível investigados foi interditado. Além disso, o diesel foi recolhido para ser analisado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas seguintes cidades:
- Recife;
- Olinda;
- Jaboatão dos Guararapes;
- Glória do Goitá;
- Paudalho;
- Vitória de Santo Antão;