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O Bradesco BBI fez um balanço de quem se destacou e quem ficou para trás no setor de petróleo e gás da América Latina em 2025 e apontou os principais vetores que devem orientar as apostas do mercado em 2026.
Segundo a equipe de research do banco, 2025 foi um ano muito positivo para as empresas “menos comoditizadas” de sua cobertura. Já para o petróleo, o desempenho foi bastante fraco, algo que o mercado em grande medida já antecipava.
Há algum tempo, vêm ganhando força as expectativas de excesso de oferta, mitigadas em diversos momentos por um elevado prêmio geopolítico ao longo do ano, que atingiu seu pico em junho, durante a guerra de 12 dias entre Estados Unidos e Irã.
Nesse contexto, a medalha de ouro ficou com a distribuidora de combustíveis Vibra (VBBR3), que subiu 65% em 2025. A distribuição de combustíveis superou com folga o MSCI da América Latina e o Ibovespa, impulsionada principalmente pelo sucesso no combate à informalidade no setor. A Ultrapar (UGPA3) ficou com o bronze, com suas ações em linha com o Ibovespa no ano (+44%), já que a visão positiva para a distribuição de combustíveis foi parcialmente neutralizada por riscos ligados à alocação de capital.
Já os chamados “proxies” de petróleo tiveram um desempenho bem mais fraco. Os piores segmentos foram das produtoras independentes de menor porte (junior E&Ps), que caíram 18%, por terem maior exposição direta ao preço do petróleo, e as empresas químicas, com queda de 6%, diante da perspectiva de excesso global prolongado de oferta e ciclos ainda deprimidos. As estatais recuaram 3%, com desempenho relativamente melhor graças à Ecopetrol, que subiu 18%, influenciada pelo ciclo político na Colômbia.
O BBI entra em 2026 com as mesmas preferências do fim de 2025: Vibra, PRIO e OceanPact, com Vibra como principal escolha. O BBI destaca os avanços do Brasil no combate à informalidade no mercado de combustíveis, tema que ganhou força em 2025 com uma série de reformas legais e administrativas. Os distribuidores formais, como Vibra, Ipiranga e Raízen (RAIZ4), já começaram a colher os frutos, movimento que deve se intensificar em 2026, com maiores volumes, margens, crescimento de NOPAT (lucro operacional após impostos) e ROIC (retorno sobre o capital investido), além de menor custo de capital, abrindo espaço para expansão de múltiplos.
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