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A descarbonização contribuirá muito para a neoindustrialização do Brasil, que também vai contar com outros pilares como as energias renováveis, a bioeconomia, a economia circular, a transformação digital, além de estimular a economia de baixo carbono em todos os segmentos da indústria.
Nordeste será o grande provedor da energia necessária para esse processo.
Gerente de Política Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Samantha Cunha, diz que a descarbonização “é urgente por questão de sobrevivência”. E continua: ”mas os outros pilares também trazem desafios e oportunidades para o Brasil dar um salto de desenvolvimento”.
Este processo de neoindustrialização está ocorrendo em vários lugares do mundo. E por vários motivos. Primeiro, as empresas e os países perceberam que a redução das emissões de carbono é uma tarefa que não pode mais ser adiada. Isso significa mudar um dos pilares no qual a economia se desenvolveu desde a segunda metade do século XIX: o petróleo e seus derivados, usados em vários processos industriais, resultando nos mais diversos produtos.
“O hidrogênio renovável vai ser a virada da chave da descarbonização da economia, porque vamos sair, gradualmente, da molécula do petróleo e entrar na molécula do hidrogênio, capaz de fazer essa substituição. O hidrogênio é composto por 70% de energia e tem que ser renovável para ser verde. Qualquer política industrial vai passar pela discussão sobre a transição energética e a descarbonização”, cita a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica), Elbia Gannoum. A opinião dela é senso comum no meio industrial.