Desaceleração econômica dos EUA

Foto: Posto Seguro Brasil

O aumento das preocupações, em decorrência da divulgação de dados ‘decepcionantes’ do mercado de trabalho dos EUA – que indicariam ‘perda de dinamismo’ da maior economia do planeta – acabou ‘derrubando’ as cotações futuras do petróleo, na sessão desta sexta-feira (3), encerrando a semana com fortes perdas.

Como resultante, o tipo West Texas Intermediate (WTI) – referência ianque – recuou 1,72% (-US$ 1,42) a US$ 81,04 o barril, ao passo que o tipo Brent – referência global – baixou 1,82% (-US$ 1,58) a US$ 85,27 o barril.

Fator que pode desestimular o ímpeto altista dos juros pelo Federal Reserve (Fed), o relatório de empregos urbanos ianque apontou que a economia estadunidense criou 150 mil postos de trabalho em outubro, bem abaixo dos 297 mil de setembro, como também aquém dos 180 mil estimados pelo mercado.

Outra informação que reforça a tese de desaceleração econômica dos EUA seria o crescimento de 3,9% da taxa de desemprego, em contraste com avanço ‘pífio’ de 0,2% no mês passado, ante crescimento, igualmente ínfimo, de 0,3%, em setembro.

Ante à perspectiva de que o ‘freio’ na economia nº 1 poderá afetar a demanda global por petróleo, a estimativa de analistas é de que os tipos WTI e Brent devem encerrar a semana com uma desvalorização entre 4% e 6%, segunda queda semanal seguida, o que refletiria a percepção de que o conflito no Oriente Médio não se agravou, a ponto de colocar em risco o fornecimento da commodity em nível mundial. Tal ameaça teria se tornado mais improvável depois que a proposta do Irã, de suspender o fornecimento de petróleo a Israel, foi rejeitada pelos demais membros da Opep.

No ‘teatro da guerra’, enquanto a ofensiva terrestre de Israel sobre Gaza tinha curso, as potências mundiais tentavam fazer avançar as negociações de um ‘cessar-fogo’ (rejeitado, de pronto, por Washington e Jerusalém), que permitiria levar ajuda humanitária à devastada região. Igualmente reforçam a perspectiva de enfraquecimento da demanda pela commodity a fragilidade econômica da China e da França. Nesse mesmo compasso, o Federal Reserve (Fed), o bc dos EUA, deverá manter sem alterações, ao menos por enquanto, as taxas de juros ianques, por conta de dados fracos de emprego do país.

Fonte: Capitalist
Nélio Wanderley

Nélio Wanderley

CEO da Posto Seguro Brasil e sócio da Nortear Energy empresas de Consultoria e de Assessoria ao mercado de combustíveis Graduado em Administração e Gestão Comercial, Pós-graduado em Marketing, Pós-graduando em Gestão Pessoas e Comportamento Organizacional. Experiência profissional de mais de 30 anos na área Comercial, Gestão de Novos negócios (desenvolvimento de carteiras nas Distribuidoras de Petróleo), Gestão de Projetos, Gestão de Lubrificantes e Gestão de Rede de Postos, com carreira desenvolvida em empresas como: ATLANTIC, IPIRANGA e ALESAT.

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